Aqueles livros que mudaram mais do que minha vida

Meme Literário de Um Mês - vigésimo dia

Cite três livros especiais em sua vida.
"A princesinha" (Frances Hodgson Burnett) 
Um dos livros que eu mais reli durante a infância. A autora já tinha me encantado com "O jardim secreto", mas a história da Sara é...absurda. Detesto personagens encarnando a perfeição, mas ela é a única que eu permito ser assim. Eu lembro de ter chorado duas vezes por causa de certa cena em que ela, morrendo de fome, dá quase toda a sua comida para uma outra garota que estava numa situação ainda pior.

Provavelmente, se nunca tivesse lido, hoje eu reclamaria do excesso de felicidade no final, da maneira como Sara muda pouco mesmo depois de todas as coisas horríveis pelas quais passou, dos esteriótipos de alguns personagens, bláblábláblá...fico feliz por ter chegado a esse livro mais cedo! Tem esses defeitos mas é tudo tão triste e horrível mas também maravilhoso e lindo e fofo que o final sempre me deixa feliz e esperançosa.

"Éramos seis" (Maria José Dupré)
Esse deve ter sido o primeiro livro adulto que eu li, com um clima bem melancólico e deprimente - o oposto do que havia nas obras da Brunett! Os assuntos são tratados de maneira bem mais séria e a história é contada por uma voz já no fim da vida, alguém que praticamente perdeu o sentido desta já que tudo o que tinha para fazer foi feito. E essa situação é...argh, esse final ainda me aperta a garganta. Por favor, Lola, para de ser tão parecida com a minha mãe!

Você quer um livro totalmente fiel à realidade, sem nenhum tipo de romantismo? Achou. Na primeira vez que eu li, fiquei com um vazio no peito que ia além do término de uma história que eu estava gostando. Era algo na minha vida mesmo. E eu tinha uns treze anos. Deveria ser proibido se sentir daquele jeito com treze anos.

"A menina que roubava livros" (Markus Zusak)
Eu era nova quando li pela primeira vez. O máximo que absorvi foi uma história legal que se passava durante a Segunda Guerra. Anos depois, com alguma maturidade à mais, consegui ver o que havia de tão especial nesse livro. Compreendi de verdade aqueles desenhos do Max, me simpatizei com a Morte e vi porque Rudy foi um garoto tão especial. Simplesmente entendi e por isso me emocionei loucamente como nunca tinha antes. Tanto que nem consigo escrever algo digno sobre o livro.


Nunca quiseram me abandonar.

PS: Algum volume de Harry Potter com certeza entraria numa lista top 10 melhores coisas da minha vida. Mas como praticamente todo mundo citou essa série, decidi deixar de lado...

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